Aprendendo a controlar o estresse

Dia desses, em um congresso internacional sobre estresse, ao explicar para a platéia a forma de controlá-lo, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:
– “Qual o peso deste copo d’água?”
As respostas variaram de 250g a 750g.
O palestrante, então, disse:
– “O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo vocês seguram o copo levantado. Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não será um problema. Se eu mantiver o copo levantado por uma hora, acabarei com dores no braço. E se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente terei cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância.”
E ele continuou:
– “E isso acontece também com o estresse e a forma como o controlamos. Se vocês carregam suas cargas por longos períodos, ou o tempo todo, cedo ou tarde as cargas começarão a ficar incrivelmente pesadas e, finalmente, vocês não serão mais capaz de carregá-las. Para que o copo de água não fique pesado, vocês precisam colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansarem antes de pegá-lo novamente. Com as nossas cargas acontece o mesmo. Quando estamos refrescados e descansados nós podemos novamente transportar nossas cargas.”
Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:
Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.
Mantenha sempre suas palavras leves e doces, pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.
Se você emprestar dinheiro a alguém e nunca mais encontrar essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dessa má pessoa.
Nunca compre um carro que você não possa manter. Nem um apartamento.
Quando você tentar pular obstáculos, lembre-se que estará com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.
Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante, dance e pronto.
Lembre-se que é o segundo rato que come o queijo – o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.
Se tudo parecer estar vindo na sua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.
Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.
Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.
Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que admiram a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo “queria ter estado lá”.
Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.
“Portanto, antes de voltarem para casa, depositem suas cargas de trabalho ou as cargas da vida no chão. Não carreguem isso para suas casas. Amanhã é um novo dia e vocês poderão voltar e pegá-las; porém, com mais tranquilidade.”
“Vivam bem as suas vidas; neste mundo vocês a terão somente uma única vez.”

Fonte: Cirilo Veloso Moraes

Cartão de Crédito: mocinho ou bandido?

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Comprar parcelado é mania de brasileiro. E, segundo pesquisa encomendada por uma bandeira de cartões, as mulheres resistem menos àquelas ofertas em-doze-vezes-sem-juros. Se a prestação cabe no bolso, não importa que a soma delas supere duas vezes o valor do produto? Os juros têm um efeito semelhante às drogas. Quem percebe que não vai conseguir pagar suas dívidas, logo faz outro empréstimo ou faz mais compras parceladas, como se adiar o pagamento quitasse a prestação. Ao receber as contas do mês, também não vai adiantar simplesmente jogá-las no lixo e dormir como se nada tivesse acontecido. Esqueça o esquecimento como saída das dívidas. É preciso conhecer cada um dos débitos para renegociá-los bem e em valores que realmente caibam no orçamento, não comprometendo mais que 20% dos seus ganhos.

Quanto ao cartão de crédito, discordo de quem o considera apenas um bandido. Ele é uma navalha: um instrumento fantástico quando usado de forma correta e uma forca se utilizado como empréstimo pessoal. Não é ótimo comprar um produto pelo preço à vista e pagar somente daqui a 30 dias? Por aproveitar esta vantagem, nenhum economista o condenará. Mas é equívoco não quitar a fatura no vencimento, pagar aquele valor mínimo e entrar no crédito rotativo. Se for para adquirir empréstimo, por que fazer isso com os juros mais altos do mercado? Na ponta do lápis, é mais vantajoso entrar no cheque especial para pagar o cartão, de tão elevados que são os juros deste último. Voltando aos americanos, como bem disse o presidente Thomas Jefferson: “Jamais gaste seu dinheiro antes de tê-lo.” Assim, a solução para o dilema é somente utilizar o cartão de crédito se tiver certeza de que poderá pagar o total da fatura na data do vencimento.

Objetivamente, há certos hábitos que contribuem para nossa incapacidade de economizar, os quais precisam ser substituídos por uma repetição salutar de escolhas. Quando economizamos, precisamos saber não apenas porque, mas também para que o estamos fazendo. Habituar-se a viver bem com as finanças é fácil. Supere-se repetindo somente o que já deu certo para você.

 Por Fernanda Guimarães

Só Deus é grande

Está escrito em Filipenses 2:5, a seguinte recomendação: “ Tende em vós o mesmo sentimento que ouve também em Cristo Jesus”. Nós temos muitos defeitos, e eu e você temos que melhorar como ser humano a cada dia. E, como cristão, mais ainda. E quando a bíblia nos recomenda que tenhamos o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, é porque Ele sempre foi grande, muito antes de Maria, Abraão, Noé existirem.

Saiba também que antes de Adão existir, Jesus Cristo já estava lá ao lado do Pai. Mas Ele veio como servo, e nós sendo pequenos e Ele sendo grande, se fez servo a nós. Na nossa insignificância somos servos, mas queremos ser grandes. Basta a situação melhorar um “bocadinho” para achar que a gente arrebenta. Esse é o problema do ser humano.

A recomendação é que sejamos humildes, simples, e que tenhamos sabedoria para entender e compreender a grandeza de Deus e a nossa insignificância. A vontade Dele é distribuir dons, fazer maravilhas em sua vida, só que Deus conhece a nossa vida, o nosso futuro e é o único que conhece.

Deus sabe tudo, tudo, tudo. Ele sabe transformar, mudar a sua sorte hoje, agora, Ele também sabe o que você será amanhã, ou seja, se vai continuar sendo o mesmo, se vai “empinar o nariz”, se vai se achar grande, se vai passar por cima das pessoas ou se vai abandoná-Lo. Deus sabe e conhece tudo. Então a realização dos sonhos depende de uma aliança, de um casamento de uma comunhão, de uma entrega e você tem de se esvaziar, tem de diminuir, e entender que é pequeno e vive sempre na dependência. Amém!

Deus tem que olhar para você e ver que já está preparado para Ele realizar o seu sonho. Olha para Jacó e veja o que aconteceu com ele. Primeiro dormiu no deserto, “…fazendo de travesseiro uma pedra”, (Gen. 28:11), depois relata bíblia, “…que ele se tornou mais e mais rico” (Gen. 30:43).

Jacó estava no deserto, mas antes não estava preparado para Deus realizar os seus sonhos. Isso quer dizer que nós temos que melhorar dia após dia, moldarmos nos moldes de Cristo. O temor a Deus tem que crescer nos nossos corações, e temos que entender que dependemos não de homens, mas de Deus.

Os homens, por mais que tenhamos amizades e que gostem, não podem nos suprir, nos socorrer, entendam isso.

Por mais que eu ame você, e busco o milagre por você, só quem pode realizar e completar a sua vida é Deus. Ele apenas me usa e me usará sempre que eu estiver na presença Dele, e eu luto e pretendo nunca deixá-Lo. E o Deus que está na sua vida é que vai mudar a sua vida, mas Ele tem que ser o Deus na sua vida também, e ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, ou seja, se esvaziar como Cristo se esvaziou. Mas ele tinha muito para se esvaziar, para se despojar, e nós, nós não temos nada, teoricamente, deveria ser fácil para mim, para você, “pois Ele, substituindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus,” (Filipenses, 30:6).

Substituir significa o quê? Ele existia como Deus? Ele é Deus? E Ele sendo Deus se fez homem? E sabe qual a diferença entre Deus e o homem? Vejamos o quanto Jesus se diminuiu, se esvaziou por amor a você, por amor a mim, por amor a toda a humanidade. Em Isaías 40:12, relata a seguinte passagem: “Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos?” Quem foi que fez isso? Foi o gigante Golias? Foi o Valdemiro? Não

Jesus, sendo Deus, mediu as águas do universo inteiro (todos os oceanos, todos os rios que conhecemos como o Rio Amazonas, Rio São Francisco, Rio Madeira, Rio Rondônia, Rio Tietê) na concha, estando ao lado do Pai desde a fundação do mundo. Para você ver o que Jesus fez, o quanto Ele se diminui pra ficar igual ao homem, para alcançar a todos nós. Então, a palavra do Espírito, diz: “antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz”. (Filipenses 2: 7-8).

Morte na cruz é a pior morte que existe, porque a pessoa morre aos poucos. Músculo por músculo se estendendo e se partindo. E Ele fez isso por minha causa por sua causa, seja você um drogado ou não, seja você o que for, Ele fez isso por sua causa. Não adianta você querer negar isso, pois Ele não tinha outra razão, e hoje Ele faz o milagre, e as pessoas atribuem a uma religião, a um homem, a uma imagem que se diz ser santo.

Dificilmente atribuem a Ele, que tem que ser glorificado. Você precisa aprender que SÓ JESUS CRISTO FAZ O MILAGRE, e mais ninguém. Só Ele muda a sua vida e mais ninguém.

Apóstolo Valdemiro Santiago

Memorial de Incorporação: fundamental para um bom negócio

Documento com consulta gratuita traz tudo sobre o terreno
Não é preciso ter memória de elefante para lembrar casos em que a falta de informações sobre o incorporador resultou em problemas gravíssimos. Como já teorizava Marshall Macluhan: quem detém a informação detém o poder. Portanto, não concretize um negócio sem antes consultar o Memorial de Incorporação da propriedade.

O documento contém informações sobre o terreno, o proprietário e o incorporador e está disponível no cartório de registro de imóveis da região a que pertence o empreendimento imobiliário em construção. Sua consulta é gratuita.

Se o Memorial de Incorporação não se encontra onde deveria estar, não titubeie: com base na Lei 4591/64, também conhecida como Lei dos Condomínios e Incorporações, que determina a obrigatoriedade da presença, livre acesso ao documento e consulta nas instalações do cartório, você não apenas pode garantir que a incorporadora cumpra o seu dever de informar, como acioná-la na Justiça para garantir os seus direitos, caso ela insista no descumprimento à lei.

Fonte: http://www.tudosobreimoveis.com.br

Páscoa, um doce chocolate, uma boa educação

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Quem resiste ao delicioso momento da compra de ovos da páscoa? A psicóloga e autora do livro “As Armadilhas do Consumo”, faz um alerta aos consumidores que se rendem a tentação desse momento e se endividam para satisfazer os desejos dos filhos e familiares. É preciso ter cuidado para não exagerar nas compras e acabar devendo até a páscoa do ano que vem.

Por Márcia Tolotti
A páscoa representa um momento de passagem para os gregos, de renascimento na cultura judaica e de fertilidade para os egípcios. Mas, na sociedade em geral, representa um domingo recheado com muitos doces, inúmeros ovos de chocolate e algumas dívidas no bolso. Dívidas financeiras por parte daqueles que comprarão parceladamente ou utilizarão algum tipo de crédito e, dívidas afetivas, para os pais que porventura não conseguirem comprar nada. Estes, muito provavelmente, serão invadidos por um sentimento de dívida para com seus filhos.Mas afinal, o que é Páscoa? Basta entrarmos em um supermercado, para descobrirmos os segredos da toca do coelho. Corredores cuidadosamente construídos com ovos formam um túnel – e não há como fugir deles – que combinados com o fantástico cheiro de chocolate e, com alegres coelhos espalhados por todos os lados, proporcionam uma incrível experiência sensorial. Atualmente, comprar não é mais um simples ato, mas uma experiência adquirida. A visão, o olfato e o tato agarram o consumidor com sutis e poderosos tentáculos.

E assim, mais do que vida e fertilidade, a Páscoa parece se transformar na renovação de algum endividamento. Em 2008, estabelecimentos comerciais ofereceram cestas de Páscoa com pagamento em 15 parcelas. Quem usufruiu de tamanha “facilidade”, ainda não quitou os ovos adquiridos em 2008. Mas quem pode condenar um ato de indulgência de um pai diante do pedido – silencioso ou manifesto – de um filho?

Ceder diante de uma demanda, não poderá fazer mal. Infelizmente, neste caso, faz sim. Isso não significa deixar de comemorar, mas o ideal seria, em primeiro lugar, compartilhar o significado essencial e genuíno da Páscoa. Em segundo lugar, transformar este momento no exercício prático do consumo saudável e sustentável. Por exemplo, considerar a pesquisa realizada pela FGV: “os ovos de Páscoa tiveram um aumento de preço de 12%, quando comparado com 2008. Em Minas Gerais o aumento foi o mais expressivo, enquanto o Rio Grande do Sul foi o Estado menos atingido pela elevação do preço”. Vale lembrar que a inflação no mesmo período foi de 6,24%.Considerar informações, conversar com os filhos, buscar alternativas menos onerosas, transformar dados estatísticos em visão crítica e motivar para escolhas equilibradas, pode ser a verdadeira renovação da Páscoa em 2011.

Boa Páscoa!

Site: Expo Money

A tristeza permitida

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Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que normalmente faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair para compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer para eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago de razão/ eu ando tão down…” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar o seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinicius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

– Martha Medeiros

Ciúmes e Relacionamento

“O problema de um relacionamento nunca é o ciúme, é a indiferença.
(…)
É claro que é legal respeitar a solidão do outro, mas há um individualismo que de certa forma não faz a gente querer um amor, mas uma amizade. Não queremos nos desesperar por alguém, queremos mesmo é evitar o sentimento extremado. Se você pode sair e voltar a qualquer hora, se você tem o controle do que você pede num relacionamento, isso é tudo menos amor. Os relacionamentos hoje são mais acordos do que entregas, mas na verdade queremos alguém que possa nos reconhecer.
(…)
Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle. Mas aí o que fazemos? Amamos com limite para não sofrer.”

– Fabrício Carpinejar

Um relacionamento perfeito é onde, além do amor, existe confiança, sexo e respeito. Se não há isso num relacionamento, pode acabar. Ele não vai muito longe.. ( Taberneira no blog)

In Memoriam José Saramago

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Sei que estou atrasada, mas não podia deixar de postar algo:

O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, nesta sexta-feira (18). A informação foi divulgada pela família do escritor de “Ensaio sobre a cegueira” e confirmada em seu site oficial” .

G1 Notícias

A sabedoria diz que o erro é inseparável da acção justa, que a mentira é inseparável da sua verdade, que o homem é inseparável da sua negação.

Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro.

Acho que todos nós devemos repensar o que andamos aqui a fazer. Bom é que nos divirtamos, que vamos à praia, à festa, ao futebol, esta vida são dois dias, quem vier atrás que feche a porta – mas se não nos decidirmos a olhar o mundo gravemente, com olhos severos e avaliadores, o mais certo é termos apenas um dia para viver, o mais certo é deixarmos a porta aberta para um vazio infinito de morte, escuridão e malogro.

José Saramago (1922 – 2010)

http://lyani.wordpress.com

A minha felicidade não é a sua

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No mais recente livro de Carlos Moraes, o ótimo Agora Deus vai te pegar lá fora, há um trecho em que uma mulher ouve a seguinte pergunta de um major:

– “Por que você não é feliz como todo mundo?”. A que ela responde mais ou menos assim: “Como o Senhor ousa dizer que não sou feliz? O que o senhor sabe do que eu digo para o meu marido depois do amor? E do que eu sinto quando ouço Vivaldi? E do que eu rio com meu filho? E por que mundos viajo quando leio Murilo Mendes? A sua felicidade, que eu respeito, não é minha, major”.

E assim é. Temos a pretensão de decretar quem é feliz ou infeliz de acordo com nossa ótica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a alguém com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prováveis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou alguém faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos que é um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre sujeito. É nessas horas que junto as pontas dos cinco dedos da mão e sacudo-a no ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos nós da vida dos outros, catzo?

Nossos momentos felizes se dão, quase todos, na intimidade, quando ninguém está nos vendo. O barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de volta pra casa. O cálice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de fazer as pazes. Sentar no cinema, sozinha, para assistir o filme tão esperado. Depois de anos com o coração em marcha lenta, rever um ex-amor e descobrir que ainda é capaz de sentir palpitações. Os acordos secretos que temos com filhos, netos, amigos. A emoção provocada por uma frase de um livro. A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo – ninguém é tão feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.

O que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece à beira do suicídio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus êxtases, e muito menos por quanto anda a cotação de felicidade em suas vidas. Costumamos julgar roupas, comportamento, caráter – juízes indefectíveis que somos da vida alheia-, mas é um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas aparências, quem sofre e quem está em paz.

A sua felicidade não é a minha, e a minha não é a de ninguém. Não se sabe nunca o que emociona intimamente uma pessoa, a que ela recorre para conquistar serenidade, em quais pensamentos se ampara quando quer descansar do mundo, o quanto de energia coloca no que faz, e no que ela é capaz de desfazer para manter-se sã.

Toda felicidade é construída por emoções secretas. Podem até comentar sobre nós, mas nos capturar, só se permitirmos.

Martha Medeiros / Pensador